Gostaria de parabenizar aos scooteristas do II São AniVesPaulo. De todo o coração. A chuva que caiu na segunda-feira foi a maior desse o início do ano, e ela afugentou a muitos de nós que já haviam confirmado presença, sem falar daqueles(as) que ainda não tivemos a satisfação de pilotar ao lado. De certo ela afugentou a muitos de nós, mas não a nós. Com paciência, proza e cerveja representamos a classe no dia da cidade.
Praça da Sé,
13h30.
Comunicado aos scooter-boys, scooter-girls & old-schoolterists: neste 25 de janeiro acontece a segunda edição do São AniVesPaulo, a homenagem do scooterista aos anos da nossa cidade.
O tema desses 456 anos são os caminhos de uma outra revolução, que foi além das lendas de heróis locais, e que de fato tirara o Brasil do atraso. Durante o final do século XIX e início do XX, a imigração (italiana, espanhola, portuguesa, alemã, búlgara, dentre outras etnias) acelerara o processo de industrialização e urbanização a um nível jamais imaginado. Junto com as fábricas, malocas e vilarejos eram erguidos ao redor para abrigar seus trabalhadores, que anos depois travariam sangrentas lutas de classes. Dentre os chamados bairros operários, a Mooca tivera nisso tudo uma grande importância, senão a maior, devido, entre outras coisas, à forte concentração de anarquistas, comunistas e rebeldes, italianos e espanhóis em sua maioria. As características do bairro já não são as mesmas, mas de qualquer forma, ainda se vê nele uma das expressões mais clássicas da nossa cidade.
"Eu arranjei o meu dinheiro
Trabalhando o ano inteiro
Numa cerâmica fabricando pote
E lá no alto da Mooca eu comprei um lindo lote
10 de frente e 10 de fundos
e construí minha maloca."
(Adoniran Barbosa, Abrigo de vagabundo.)
(Nota: a Mooca ‘nasceu junto’ com a cidade de São Paulo, tem 454 anos e antes do povoamento europeu ele assentava a maior concentração indígena do Estado. Segundo uma pesquisa do “Jornal da Tarde”, hoje em dia, esse é o bairro que mais tem a cara de São Paulo).
Bom, é isso meus/minhas camaradas, então, às 13h nos encontraremos na Praça da Sé, no prédio da Caixa Cultural Sé, onde estará acontecendo a exposição de fotos “Memória da Cidade” (com catraca livre). Recomendo esse antepasto! A saída será as 13h30. Andaremos devagar, sem pressa, pelos caminhos da Revolução Operária na Mooca. O ponto final desse vespasseio será na tradicional Esfiharia Juventus, para uma celebração à mesa.
Sugestões são bem-vindas. Preparem suas máquinas!!! Somente scooters clássicas!!!
Com afeto,
Marcio Fidelis
